Há vários tipos de financiamento imobiliário para diferentes perfis de comprador

Conheça os principais tipos de financiamento imobiliário praticados no Brasil

22, Sep, 2022

Você decidiu comprar uma casa ou apartamento, mas não sabe qual é a melhor forma de pagamento? Existem vários tipos de financiamento imobiliário que podem ser contratados por quem não pode pagar o imóvel à vista. 

Como o nome indica, o financiamento imobiliário é uma espécie de crédito voltado especificamente para aquisição de imóvel, seja residencial, seja comercial. Apenas em 2021, cerca de R$ 255 bilhões foram liberados para essa finalidade. 

No financiamento imobiliário, o comprador paga uma quantia como entrada. O restante do valor é financiado e o contratante tem um longo prazo para quitar a dívida.

Dentre as principais modalidades praticadas no Brasil, destacam-se o SFH, SFI, SAC, financiamento direto com a construtora, Casa Verde e Amarela, SACRE e Tabela Price. Entenda a seguir como cada um funciona.


Quais os tipos de financiamento imobiliário e qual a diferença entre eles?

A seguir, conheça como funcionam os principais tipos de financiamento imobiliário. Analise os prós e contras e escolha a opção que melhor se encaixa no seu planejamento. 


Casa Verde e Amarela


O programa Casa Verde e Amarela é um dos tipos de financiamento mais recentes desta lista. Criado pelo Governo Federal, o CVA substitui o extinto Minha Casa, Minha Vida. 

O programa tem como objetivo ajudar famílias de baixa renda a conquistar a casa própria. Por isso, a prioridade são famílias em situação de risco e vulnerabilidade, comandadas por mulheres, e/ou famílias com pessoas com deficiência, idosos, crianças e adolescentes.

Quem optar pelo CVA pode escolher entre moradia subsidiada, financiamento habitacional, regulação fundiária, reforma de imóvel e locação social. O prazo para pagamento é de até 35 anos

É possível utilizar o FGTS para quitar a dívida. Contudo, as taxas de juros variam de acordo com a faixa de renda e a localização do imóvel. 

Por falar em juros, eles são definidos conforme a faixa salarial do contratante, e também, a região de residência — as regiões Norte e Nordeste do Brasil têm juros favoráveis. 


Para solicitar o CVA, é necessário:


  • Não ser dono ou possuir financiamento de imóvel residencial ativo;

  • Não ter recebido benefícios de natureza habitacional de recursos federais;

  • Não estar cadastrado no Sistema Integrado de Administração de Carteiras Imobiliárias (SIACI) e/ou Cadastro Nacional de Mutuários (CADMUT);

  • O contratante não pode estar inadimplente com o Governo Federal.


Financiamento com a construtora


Com o nome indicado, o financiamento é concedido pela construtora do imóvel que o comprador deseja adquirir. O empreendimento pode estar na planta ou com as obras concluídas. 


Essa opção é vantajosa para quem não tem renda formal, e/ou para quem deseja utilizar o FGTS. Ademais, os juros aplicados nessa modalidade seguem critérios de cada construtora, assim como o prazo de pagamento da dívida e a multa para cumprimento do contrato.


SFH


Entre os principais tipos de financiamento imobiliário também está o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), programa do Governo Federal que utiliza recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do FGTS. 

O financiamento imobiliário liberado pelo SFH é de no máximo 80% do valor do imóvel — cujo valor de avaliação não pode ultrapassar R$ 1,5 milhão. Além disso, é possível utilizar o FGTS para quitar o empréstimo. 

Quem financiar imóvel pelo SFH não pode transformá- lo em um estabelecimento comercial ou colocá-lo para alugar. Por outro lado, além da compra, o empréstimo pode ser usado para reforma de um imóvel inacabado ou construído

A parcela mensal, incluindo os encargos, juros e os seguros obrigatórios, não pode comprometer 30% da renda mensal do comprador. O prazo máximo para quitação é de 35 anos. 

Quem optar pelo SFH precisa cumprir os seguintes requisitos:


  • Ter mais de 18 anos;

  • Ser brasileiro, naturalizado ou possuir visto permanente; 

  • Não ter nome negativado nos órgãos de proteção crédito;

  • Para quem utilizar o FGTS, o SFH  não permite que o comprador tenha outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção.


Leia mais: Como sacar FGTS para compra de imóvel?


SFI


O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) é outro tipo de financiamento imobiliário do Governo Federal. Nesse caso, ele foi criado para suprir as carências apresentadas no SFH. Por isso, é comum investidores optarem por essa opção. 

O SFI é voltado para valores mais altos de financiamento, e por consequência, possui taxas de juros maiores. Com isso, é possível financiar imóveis acima de R$ 1,5 milhão, além de cobrir até 100% do imóvel. 

Quem optar pelo SFI não poderá utilizar o FGTS para quitar a dívida. Porém, uma das vantagens desse financiamento é a possibilidade de utilizar o valor para a compra de qualquer tipo de imóvel, seja para moradia, uso comercial ou locação. 


Sistema Tabela Price


Também conhecido como Sistema Francês de Amortização (SFA), é um dos tipos de financiamento imobiliário mais clássicos utilizados no Brasil. Nesse caso, o sistema utilizado é o de amortização do saldo devedor.

No valor das primeiras parcelas, boa parte da quantia paga pelo contratante do empréstimo está relacionada aos juros. Com o tempo, os juros diminuem, assim como o saldo devedor, à medida que a amortização aumenta a cada mês. 

O cálculo é feito com base na taxa referencial (TR), indicador pós-fixado onde são coletadas informações para divulgação de um resultado após o fechamento do contrato de financiamento. 


Leia também: O que é amortização de financiamento imobiliário? 


SAC


O Sistema de Amortizações Constantes (SAC) é outro tipo de financiamento imobiliário sob o sistema de amortização. 

A amortização no SAC ocorre desde a 1ª parcela. Com isso, o valor das primeiras parceiras são maiores, mas diminuem conforme a redução dos juros. 

Há dois tipos de correções monetárias para esse tipo de financiamento imobiliário: a pré-fixada e a pós-fixada

A primeira refere-se a um valor determinado pela instituição financeira durante a assinatura do contrato, com uma taxa de juros que costuma ser maior. 

Já a pós-fixada refere-se a um valor que é determinado pela TR e o valor dos indexadores varia a cada mês — em tempos de mudanças na inflação, essa opção pode ser arriscada.


SACRE


É um tipo de financiamento imobiliário que funciona como uma junção entre o sistema PRICE e SAC. Neste sistema, as prestações sobem até um valor pré-determinado. Depois, os valores diminuem — as amortizações são crescentes ao longo dos anos, e por consequência, os juros decrescem.

O SACRE está ligado à TR. Com isso, as prestações caem consideravelmente durante o tempo de contrato, diminuindo o risco de inadimplência.

Agora que você conhece os principais tipos de financiamento imobiliário, escolha a melhor opção, reúna os documentos necessários e dê entrada no tão sonhado apartamento novo. 


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